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2017: Ano de luta para a sustentabilidade

  • Foto do escritor: Mandaracu Online
    Mandaracu Online
  • 24 de abr. de 2017
  • 2 min de leitura

A grande retração econômica no Brasil e fatores internacionais estão tendo uma grande influência nas políticas e técnicas de preservação do meio ambiente e energias renováveis.


Uma das consequências da crise econômica, o desemprego, também pode ser o indutor de danos ambientais, com consequência consideráveis. No Brasil ainda temos poucas análises deste tipo de situação, mas basta percorrer a web para encontrar artigos que discutem as consequências ambientais do desemprego, sob diversos aspectos. Queda na compra de produtos ambientalmente corretos (geralmente mais caros), a suspensão de políticas de taxação de produtos poluentes, ou a diminuição de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), são consequências do desemprego, discutidas na Europa e nos Estados Unidos. Um assunto que preocupa especialistas americanos, por exemplo, é que com o rareamento de postos de trabalho, pessoas são obrigadas a aceitarem empregos longe de suas casas, provocando aumento nos deslocamentos de veículos, ampliando as emissões de gases. A mesma situação certamente ocorre nas grandes metrópoles brasileiras, mas dada a pouca disponibilidade de dados e informações, este fato passa despercebido, ignorado no meio de tantos impactos ambientais maiores.

Há outros fatos, mais evidentes, que demonstram o efeito negativo da crise econômica e do desemprego sobre o meio ambiente. Recentemente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto através do qual voltará a dar incentivos à exploração do carvão, com o objetivo de gerar mais empregos neste setor. A mineração de carvão já passava por uma crise de empregos há alguns anos, devido à automação de processos e a queda no consumo – carvão vinha sendo substituído por gás natural. A medida, criticada por ambientalistas, também pretende liberar novas áreas para exploração do carvão. Assim, para reabrir alguns milhares de postos de trabalho e beneficiar um setor em crise, o presidente Trump aumentará consideravelmente as emissões de gases de seu país.

No Brasil a crise econômica e o desemprego sempre foram usados como argumentos para diminuir o rigor na análise de projetos, sob aspecto ambiental. Assim, a construção de grandes obras de infraestrutura, de grande impacto ambiental, é justificada, segundo a propaganda oficial, por gerar empregos e desenvolvimento. Isto ocorre desde a construção da rodovia Transamazônica, na década de 1970, até as recentes hidrelétricas na Amazônia – além de outros projetos em fase de análise, como a termelétrica na cidade de Peruíbe, SP. O argumento é repetido exaustivamente pela imprensa, pelos empresários e por políticos, sendo aceito por parte da população. Os que exigem mais rigor ambiental, são considerados os inimigos do progresso. A qualidade de vida, a preservação do meio ambiente, são assim sacrificadas para objetivos imediatos; a criação de empregos. Estes postos de trabalho, todavia, geralmente são de baixa remuneração e em poucos anos provavelmente serão substituídos por máquinas que, a baixo custo, executarão o mesmo trabalho. Teremos então a pior situação possível: sem empregos e com o meio ambiente degradado.

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