top of page

São criadas duas reservas de proteção particular no Nordeste

  • Foto do escritor: Mandaracu Online
    Mandaracu Online
  • 31 de jan. de 2018
  • 3 min de leitura

Instituído há pouco mais de um mês, o Dia Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) foi celebrado pela primeira vez nesta quarta-feira, em grande estilo. Durante evento na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, assinou certificados de criação de quatro reservas particulares (veja, mais abaixo, informações sobre elas) e entregou 65 veículos ao ICMBio. Os carros serão usados nas atividades de campo nas unidades de conservação (UCs) federais geridas pelo Instituto.


“Sou muito ligado à causa das RPPNs. Além de ampliar o conjunto de áreas protegidas, elas funcionam como alternativa econômica ao desenvolver o turismo ecológico, gerando emprego e renda e conservando a biodiversidade”, disse o ministro, ao atribuir o crescimento dessa categoria de unidade de conservação, criada por iniciativa dos proprietários de terra, ao avanço da conscientização ambiental e ao bom entrosamento entre governo e sociedade.

Com as quatro novas reservas, o Brasil passa a contar com 673 RPPNs federais, o que representa aproximadamente 500 mil hectares. Somadas às estaduais e municipais, as reservas particulares perfazem hoje um total de cerca de 1,4 mil unidades, ou 750 mil hectares de áreas protegidas nos vários biomas do país. “Esse é um verdadeiro legado para as futuras gerações”, discursou o ministro para uma plateia formada por servidores e convidados, que lotou o auditório do Instituto.

O presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, fez questão de destacar a simbologia do ato de criação de RPPNs. “São os proprietários que tomam a iniciativa de destinar parte de suas terras, de forma perpétua, para a implantação das reservas, para a conservação da natureza. É um ato quem vem de dentro do coração, digno de altíssimo reconhecimento”, elogiou ele, ao considerar os proprietários das reservas “parceiros” do Instituto.

Soavinski ressaltou a necessidade de aprovação pelo Congresso do projeto de lei, de autoria do deputado Sarney Filho (PV-MA), atualmente no cargo de ministro, que prevê uma série de incentivos para facilitar e ampliar a criação de RPPNs no território nacional. Ele disse, também, que o ICMBio está cada vez mais aparelhado para viabilizar a implantação das reservas particulares por meio do SIMRPPN, sistema online de atendimento aos proprietários.

Coube a Jorge Velloso, do Instituto Água Boa, da Bahia, falar em nome dos proprietários das quatro reservas criadas. Ele lembrou que o “movimento rppnista” vinha lutando há cinco anos para instituir um dia dedicado à celebração das RPPNs. “As reservas particulares precisam ser exaltadas, como estamos finalmente fazendo hoje. Além de fundamentais para conservação da biodiversidade, elas mantém a paisagem, o fluxo de fauna, entre outros benefícios”, disse ele.

O vice-presidente da Confederação Nacional das RPPNs, Lúcio Flávio, foi enfático ao defender as reservas particulares. “Muitas pessoas nem sabem o que significa a sigla. Por isso, é importante dizer que as RPPNs não são espaços apenas de conservação, mas também de produção. Elas produzem oxigênio, água, fauna e flora, enfim, elas produzem vida”. Antes de encerrar, ele convidou os presentes a participar do V Congresso Nacional de RPPNs, que será realizado em junho, em Santa Catarina.

RPPN Contendas II – Protege remanescentes do bioma Mata Atlântica, no município de Itaberá (BA), no baixo Sul da Bahia. A região sofre forte pressão de atividades econômicas, que causam desmatamento. A RPPN tem 173 hectares e é de propriedade de Ana Cristina Borges Souza e Carlos Geraldo Coelho Souza.

RPPN Sítio Lagoa – Localizada em região de transição de Mata Atlântica e Caatinga, nas serras úmidas do semiárido nordestino, no Ceará, nos municípios de Guaramiranga e Caridade, a reserva tem 70 hectares de florestas úmidas, que contribuem para a estabilidade climática e a preservação de algumas espécies em extinção. Faz limite com um corredor de transição do semiárido do sertão, o que representa fator de vulnerabilidade de sua natureza. Desenvolve atividade turística na parte que fica em Guaramiranga, contribuindo para o desenvolvimento econômico da cidade. A sua extensão representa, aproximadamente, 20% da área total da propriedade de Yvomar-Agro e Turismo S.A.


Fonte: MMA

Comments


bottom of page