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Bagaço de cana pode substituir cimento para a fabricação de tijolos baratos e ecologicamente sustent

  • Foto do escritor: Mandaracu Online
    Mandaracu Online
  • 15 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

O resíduo da biomassa da cana de açúcar utilizada nas usinas pode substituir o cimento para a fabricação de tijolos mais resistentes e com custos menores, impulsionando a economia nordestina. Algumas cidades do nordeste estão inscritas em projetos para receberem moradias construídas com este tipo de material.


Foto: bagaço da cana (crédito: internet)

Em 2017, o nordeste produziu aproximadamente 50 milhões de toneladas de cana de açúcar, sendo um dos principais responsáveis pela movimentação econômica desta região do país. Pequenas cidades do interior nordestino têm como principal fonte econômica a produção de cana de açúcar, empregando milhares de pessoas no processo do plantio, colheita e industrialização do material. No ano de 2017, no estado de Pernambuco, foram colocadas 70 mil pessoas no mercado de trabalho em função da cana de açúcar.

Os principais produtos extraídos da cana são o álcool e o açúcar, tendo como resíduo o bagaço. Parte do bagaço é utilizado para a fabricação de fertilizante que prepara o solo das plantações.


Foto: cinzas da queima do bagaço da cana (crédito: internet)

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, foi uma das principais desenvolvedoras do projeto que utiliza a Areia de Cinza do Bagaço de Cana (ACBC) para substituir parte da areia e pedra brita utilizada na fabricação de concreto. Esse processo, além de dar uma finalidade para o resíduo do processo a que é submetida a cana de açúcar, também auxilia na preservação do meio ambiente, tendo em vista que a areia e a brita geralmente são retirados de leitos de rios e acabam degradando a natureza.

Testes realizados pela UFSCar indicaram que a substituição da areia natural pela ACBC em até 30% eleva a manutenção das propriedades mecânicas, preenchimento dos micro poros e aumento da durabilidade de concretos e argamassas.

Em 2017, a cidade de Pariconha, do estado de Alagoas, recebeu a construção de casas de alvenaria utilizando a ACBC de usinas da região. A construção das casas aconteceu devido a uma parceria entre a Fundação Alcance e estudantes do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), apoiados por empresários locais e a prefeitura da cidade.

A cidade de Palmeira dos Índios, também em Alagoas, receberá a construção de casas com resíduo da cana de açúcar após anos de pesquisa de alunas de Engenharia Civil do IFAL para desenvolver um tijolo utilizando a ACBC. Essa pesquisa foi premiada em 2013 na Olimpíada dos Gênios, nos Estados Unidos.

O Nordeste espera um incremento na economia da região por meio da utilização do resíduo do bagaço da cana de açúcar, melhorando o desenvolvimento das cidades, aumentando a disponibilidade de empregos para os trabalhadores e também auxiliando na preservação do meio ambiente destinando um fim sustentável para os resíduos das usinas de cana.

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